quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mala da Fama e o Teatro - Um novo encontro.

A Mala da Fama, atualmente exposta no CAV (Centro de artes visuais de Cabo Frio) é uma réplica da original que se encontra em fase de restauração. Para que nosso objeto circulasse tivemos de levar a Brasília a original, criada em 2000 e que atuou até 2009, em função do permanente pé na estrada, passando pelas mãos de milhares de pessoas, ela foi ficando desgastadas pelo tempo e acabou sendo guardada em 2009 para dar lugar à atual Mala da Fama, que, foi recriada a partir de seu objeto original, embora, mantenha o formato e o conceito o objeto novo guarda, também, a sua particularidade e sempre que é manuseada por alguém, as pessoas que conhecem o objeto mais antigo, reconhecem detalhes e modificações feitos na réplica.

Grupo "Sonhus Teatro Ritual" com um espetáculo onde várias técnicas derivativas da mímica se juntam para formar uma
obra de arte e a Mala da Fama, desfruta de um momento, vendo e participando "do lado de dentro"!
Tendo de se reinventar, nosso objeto incorporou novas ações em seu contexto-uso, uma delas foi a inserção em espetáculos de teatro, para além dos espetáculos de mímica e narração de histórias do seu criador, Jiddu Saldanha, o objeto agora, se viu, em Brasília, sendo convidado a compor cenários e cenas de espetáculos, na II Mostra Internacional de Mímica de Brasília, uma grande surpresa e uma muito bem sacada idéia de
No espetáculo "Darwin" a Mala da Fama vira um objeto
que logo é manuseado pelo ator Victor de Seixas.
Alberto Gaus, que pediu para que a Mala da Fama figurasse como objeto cênico de seu espetáculo “Chuva de Risos”, foi uma intervenção linda, durante uma hora, o público presente, sentiu, e viu o Objeto de Arte Transportável (nome conceitual da Mala da Fama) circular pela cena, quer seja nas mãos do artista ou no cenário da peça.
No dia seguinte, outra surpresa agradável, a Mala da Fama, foi convidada a marcar sua presença no cenário do espetáculo “Darwin”, da Cia Teatral Aangatu, de Victor de Seixas, onde permaneceu em cena durante todo o espetáculo, inclusive, sendo manuseada no final, pelo personagem central do trabalho, a Referência poética e percepção estética, gerou uma espécie de diálogo “demótico” entre o artista e a platéia. Uma surpresa agradável onde a criatividade foi o mote dando vazão à capacidade que a Mala da Fama tem, de se comunicar artisticamente com todas as possibilidades ao alcance.

O espetáculo "Chuva de Risos" do Solar da Mímica, protagonizado por Alberto Gaus, a presença da Mala da Fama. Este
foi o primeiro espetáculo em que a Mala da Fama atuou, fora dos espetáculos de Jiddu Saldanha.

O grupo Sonhus Teatro Ritual, também “emprestou” a Mala da Fama para executar uma de suas cenas, aliás, belíssimo espetáculo, recheado com mímica, animação de objetos e técnica de teatro negro, onde a iluminação desempenha papel fundamental na construção de cenas ilusionistas, um tipo de teatro com forte influência oriental, destacando o butoh e o teatro clássico chinês, tudo, claro, com uma boa dose de música de primeira e altas referências ao Mágico de Oz, como diria meu amigo do Rio Grando do Sul, Pedro Júnior: “que categoria”!

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